Vivi os três anos seguintes relativamente tranquilo, na maior parte do tempo nem lembrava da consulta feita. Na verdade, acredito que apaguei tal consulta da memória. A ideia de tratar meu problema com calmante foi demais para mim. Em vez de sublimar momentos de mau humor, sublimei é a consulta - não me lembrava mais dela.
Mas a tontura aparecia de vez em quando. Às vezes, sentando no sofá em casa vendo televisão, meu corpo inclinava um pouco - era estranho. Um dia, também vendo TV, minha mão parecia sumir. Embora eu pudesse movimentá-la e segurar qualquer coisa com ela, parecia que ela não estava ali.
Ainda que descontente com a última consulta, voltei ao mesmo médico. Claro, ele pediu nova ressonância, a ideia era acompanhar a evolução da hidrocefalia. Achei sensato, marquei o exame. Na verdade, eu queria mesmo saber o que havia mudado nestes três anoas. Agarrei totalmente a oportunidade e fui fazer novo exame.
Por segurança, talvez por uma esperança guardada lá no fundo do coração, mudei também de laboratório. Quem sabe, talvez o resultado fosse diferente... Não foi! O que pode ser uma boa notícia ou não! O lado ruim é que a hidrocefalia foi confirmada, mas não houve mudanças em relação ao último exame - o lado bom! A dilatação dos ventrículos do cérebro estava exatamente a mesma de há três anos.
Ressonância sem alterações, médico insistindo apenas em acompanhamento, resolvi sossegar. Continue a vida normalmente, mesmo com sintomas incomodando um pouco mais, cada vez mais. Até onde isso vai?
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