sábado, 28 de abril de 2012

3. Três anos depois

Vivi os três anos seguintes relativamente tranquilo, na maior parte do tempo nem lembrava da consulta feita. Na verdade, acredito que apaguei tal consulta da memória. A ideia de tratar meu problema com calmante foi demais para mim. Em vez de sublimar momentos de mau humor, sublimei é a consulta - não me lembrava mais dela.


Mas a tontura aparecia de vez em quando. Às vezes, sentando no sofá em casa vendo televisão, meu corpo inclinava um pouco - era estranho. Um dia, também vendo TV, minha mão parecia sumir. Embora eu pudesse movimentá-la e segurar qualquer coisa com ela, parecia que ela não estava ali.


Ainda que descontente com a última consulta, voltei ao mesmo médico. Claro, ele pediu nova ressonância, a ideia era acompanhar a evolução da hidrocefalia. Achei sensato, marquei o exame. Na verdade, eu queria mesmo saber o que havia mudado nestes três anoas. Agarrei totalmente a oportunidade e fui fazer novo exame.


Por segurança, talvez por uma esperança guardada lá no fundo do coração, mudei também de laboratório. Quem sabe, talvez o resultado fosse diferente... Não foi! O que pode ser uma boa notícia ou não! O lado ruim é que a hidrocefalia foi confirmada, mas não houve mudanças em relação ao último exame - o lado bom! A dilatação dos ventrículos do cérebro estava exatamente a mesma de há três anos.




Ressonância sem alterações, médico insistindo apenas em acompanhamento, resolvi sossegar. Continue a vida normalmente, mesmo com sintomas incomodando um pouco mais, cada vez mais. Até onde isso vai?

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