sábado, 14 de abril de 2012

1. Excesso de liquor - e agora?

Estava em férias, uma pessoa do hotel perguntou se eu tinha algum problema na perna. Ela trabalhava lá, me conhecia há vários anos, estou sempre indo lá. Ela disse que eu estava arrastando a perna...

Ela podia ter razão, eu achava mesmo que alguma coisa errada poderia estar acontecendo comigo. Achava, no entanto, que fosse cansaço, cisma ou alguma outra coisa assim. Bom, cansaço não deveria ser, afinal aquele era o último dia de minhas férias. Resolvi consultar então um médico, um neurologista.

Pedi indicação a uma amiga, lá fui eu. Depois de muito tempo de conversa e testes neurológicos, ele disse que meu caso era um mistério. Já quase desistindo, viu que eu carregava uns exames e pediu para ver. Eu disse que era uma ressonância feita há alguns anos, eu já cismado com alguns problemas há algum tempo.

Ele abriu o exame e disse na hora: "Matei o problema!". "Até que enfim", pensei. Só não sabia que começaria aí minha jornada.

- Todos os ventrículos de seu cérebro estão com excesso de liquor, é por isso que você está tendo problemas para caminhar. Tenho uma boa notícia: não é caso de cirurgia. Tenho uma má notícia: não há tratamento, você terá que aprender a conviver com o problema!


Que problema! O médico disse que aos poucos minha condição neurológica iria piorar, eu iria ter cada vez mais dificuldade para andar, falar, pegar objetos e até para reconhecer pessoas. E não tinha cura, insistiu!


Lembro claramente da data, dois dias depois era aniversário do meu pai. Lá fui eu para a casa dele levando esta ótima notícia de presente. Vocês podem imaginar como ele a recebeu, no alto de seus quase 80 anos a completar.


E vocês podem imaginar como eu recebi a notícia. Como assim, não há tratamento? Minha mulher diz que sou um eterno inconformado, e ela tem razão. Não podia me conformar com aquela resposta, fui ao Dr. Google pesquisar.


Foram dois meses de pesquisas, angústias, dúvidas, absurdos ouvidos, insegurança... Acredito que muitos hoje passam por esta situação, é por isso que iniciei este blog, quero contar minhas experiências e as conclusões tiradas de tudo isso.


Em alguns dias publico mais. 


Fernando

Um comentário:

  1. consulte a parte de neurologia do hospital heinstein de São Paulo. Lá eles tem algumas técnicas para retirar o excesso de liquor no cérebro.

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